sábado, 13 de agosto de 2011

Você acha que está com disposição para caminhar? rssrs

Ecomotion-Pró 2007: Mitsubishi se supera e fica dentro dos Top 10!

Foi realizado na semana passada, no estado do Rio de Janeito, a maior corrida de aventura do Brasil, o Ecomotion-Pró 2007.
A prova deste ano foi marcada pela presença de sete das dez melhores equipes do mundo, mas também por uma série de imprevistos.

O briefing e reunião inicial das equipes aconteceu na charmosa Búzios, litoral Norte do Rio de Janeiro, em uma estrutura montada no Iate Clube da cidade, com uma bela vista para a baía da Praia dos Ossos. Na noite de sábado 20 de outubro, aconteceu a cerimônia de abertura, e por volta das 23:00 foram entregues os mapas. No dia seguinte, às 09:00 aconteceu o briefing técnico, onde foram passados detalhes e cuidados do percurso, e de lá as equipes partiram em seus carros de apoio para o local da largada. A bordo de duas L200 preparadas para a prova, a equipe seguiu para a praia da Urca, na base da pedra que recebe o mesmo nome, um dos cartões postais do Rio de Janeiro.

A largada marcada para as 21:00hs acabou acontecendo às 23:00hs: 55 equipes de 19 diferentes países largaram em caiaques duplos, em direção aos fundos da baía de Guanabara, com 48km de remo pela frente. Durante a madrugada, remamos cruzando a baía, enquanto passávamos ao lado de grandes embarcações e de gigantescas plataformas petrolíferas. Ventos e ondas variavam de direção e intensidade. Próximo do fim da remada, um erro da organização que acabou gerando problemas à maioria das equipes: o barco do PC1, que deveria estar na entrada do canal na rota do PC2, nao estava no lugar. Ainda de madrugada, as equipes remavam de um lado a outro procurando sem êxito o fiscal. Amanheceu, e nenhum sinal do mesmo. Algumas equipes decidiram seguir sem assinar a passagem pelo PC. Nós ficamos na busca do mesmo, ainda que contrariados, pensando na possibilidade de estarmos no canal errado. Com o amanhecer, outro imprevisto: a maré baixou, e a "boca do canal" secou, atolando todos os caiaques que lá se encontravam. Neste momento já tínhamos certeza de qual seria o canal correto, e que realmente o barco do PC1 não estava no local dele: mas para conseguir entrar no canal tinhamos mais de 900m de lodo do mangue pela frente, a ser vencido empurrando os caiaques. Foi uma das situações mais exaustivas e desesperadoras da corrida. O lodo do mangue afundava até a cintura. Durante 1h40min ficamos empurrando os caiaques no lodo. Por fim, conseguimos voltar a remar, e chegamos ao PC2 às 10:32. Estávamos na 38a posição, a 4 horas dos líderes da corrida. Foi uma situação bastante desanimadora. Tínhamos o objetivo de ficar entre as 10 primeiras equipes, e por uma sequência de erros e imprevistos, começávamos a corrida em uma situação bastante desfavorável.

Partimos de mountain bike para o próximo trecho. O primeiro "corte" da corrida seria às 16:00 do segundo dia de prova. Apesar do atraso de 2 horas na largada, não sabíamos se o corte também seria estendido, o que acabou acontecendo. Pedalamos forte os 45 km subindo a serra, passamos algumas equipes, saindo do nível do mar e atingindo 1100 metros. Às 15:48 chegamos na próxima transição, já na 25a posição. Começávamos a nossa recuperação. Continuaríamos a lutar para ganhar posições, até ficarmos entre as 10 melhores. Era muita equipe e tempo pela frente, e teríamos de imprimir um bom ritmo para conquistar nosso objetivo.

O trecho seguinte um dos mais belos (não fosse a chuva e tempo nublado) e difíceis: a travessia da Serra dos Órgãos, começando em Teresópolis, e rumo a Petrópolis. O trekking começa com uma trilha que sai de 1100 metros e sobe até a Pedra do Sino, ponto culminante com 2300 metros. Sabíamos que a navegação no alto da serra é bastante complexa e confusa. O ideal seria fazer a maior parte desta travessia com luz do dia, mas o atraso na largada e problemas com o PC1 deixou a parte escura para a maior parte das equipes. Por volta da 01:00 na segunda noite de prova, uma forte tempestade de chuva e vento atinge a serra. Na altitude, o frio consumia nossas energias, e a navegação tornava-se mais difícil. Notava-se luzes de head-lamps das equipes espalhadas por toda parte. Longas paredes de pedra, com a chuva, tornara-se escorregadias e perigosas. Caminhamos até às 03:00, com dificuldades, mas sem a intenção de parar. Mas em um determinado trecho, não encontrávamos mais o caminho para prosseguir. Por 40 minutos rastreamos a serra em busca do caminho correto, sem encontrar. Decidimos aguardar o amanhecer. Entretanto a chuva e o frio nos impediam de dormir e descansar. Não haviam abrigos. Aguardamos dentro dos sacos "bivac" até às 06:00, quando com claridade conseguimos encontrar a rota e retomar a caminhada. Por volta das 09:00 do terceiro dia de corrida chegávamos à próxima transição. Seguíamos conquistando posições, estávamos na 13a colocação.

Partimos para novo trecho de mountain bike, 70km onde ganhamos mais uma posição, e no fim dele, aconteceriam as técnicas verticais. Estas acabaram sendo canceladas, e neste ponto as equipes deviam cumprir duas horas de parada obrigatória. Após 1h30 de sono, seguimos para um trekking longo, com 60km. E novamente uma complexa navegação, desta vez em meio à mata atlântica. Ao chegar à próxima área de transição, ficamos sabedo que havíamos ganho mais uma posição, e estávamos então dentro dos "Top 10". Não restava muito para a chegada, mas continuaríamos a tentar subir no ranking. Fizemos um trecho de 12 km a cavalo, em uma belíssima trilha na região de Cachoeira de Macacu. Na sequência, um pedal de 50km, também marcado pelo terreno bastante acidentado e pela forte chuva que caia, deixando muita lama pelo caminho.

Entrávamos na 4a a última noite da corrida. A caminhada durou a madrugada inteira, onde fizemos uma pausa de 40 min para dormir. Amanhecemos no útimo dia de corrida realizando uma divertida descida de rio com corredeiras em ducks. Dali, uma caminhada à prova especial da corrida: carrinho de rolemã sobre os trilhos de uma ferrovia. Entretanto, justamente no momento que iríamos começar esta etapa, a modalidade teve de ser cancelada, e ficamos aguardando as definições do que faríamos.
Com o trecho cancelado, partimos de bike até a última transição, para a remada final de 26 km em direção a Búzios.

Na última remada, ainda aproveitamos um pouco de vento lateral que encontramos para erguer as velas que preparamos pra este trecho. E às 20:00hs de 5a feira, ainda debaixo de chuva, cruzávamos a linha de chegada. Conseguimos ficar entre as 10 primeiras equipes, em uma prova tão disputada, com alto nível de equipes, marcada por imprevistos e muita chuva.

Meses de dedicação em treinos, reuniões, acertos logísticos, testes de equipamentos... tudo em busca de um objetivo. E apesar dos imprevistos, não foi em vão. A Mitsubishi QuasarLontra mais uma vez terminou a maior corrida de aventura do Brasil dentro das melhores posições.

Deixamos registrado a nossa imensa grartidão à Mitsubishi Motors, nossa patrocinadora e aos nossos apoiadores, acompanhando a equipe em grandes conquistas e superando sempre novos desafios. E muitos à nossa equipe de apoio, Djalma Dutra, Rodolfo Seras e Pedro Caldas, pela dedicação, esforço, e bom humor, apesar de muita chuva por mais de dois dias. E já seguimos com a cabeça pensando para o ano que vem, no Mundial de corrida de aventura, em algum lugar deste Brasil!

Até lá
Equipe Mitsubishi QuasarLontra

quarta-feira, 27 de abril de 2011

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Travessia Serra dos Orgãos em 12 Hs.


Da direita para a esquerda, eu Jorge e Léo.
Começamos a caminhada só 7:40, paramos muito,
ficamos uma hora parados no sino.
Pegamos noite e chuva na descida, por isso fizemos
em 12 Horas, da para fazer em 10 horas.

Isabeloca em 20 min.

Parada de 15 min no queijo.

... porque os dias que esses homens passam nas
montanhas são os dias que eles realmente vivem.
Reinhold Messner

Alcobaça!


Linda Montanha!


Amigos: Jorge e Edinho

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Neve em Itatiaia


Quem diz que não faz frio no Rio de Janeiro ? Especialmente se você estiver a quase três mil metros acima do nível do mar. Na madrugada da sexta-feira dia 11/07/2007 foi observada a menor temperatura até agora neste ano no Brasil no Pico das Agulhas Negras: 3,5ºC abaixo de zero. O dado foi apurado na estação de microondas de Furnas no local. Segundo os observadores, uma forte geada cobriu de branco um raio de mais de cinco quilômetros em torno do ponto culminante do estado fluminense. Houve o congelamento de riachos e poças d'água da chuva que caiu ontem à noite na região. O Brejo da Lapa, na estrada de acesso a parte mais alta da serra, ficou completamente congelado. O Pico das Agulhas Negras teve sua altitude recentemente revisada pelo IBGE para 2.791,5 metros de altura. Trata-se do ponto culminante do estado do Rio de Janeiro e a quarta montanha mais alta do Brasil. O cume está situado na parte alta do Parque Nacional de Itatiaia, na divisa do Rio com Minas Gerais, e integra a Serra da Mantiqueira.
O Parque Nacional do Itatiaia se tornou famoso em junho de 1985, quando turistas e escaladores foram surpreendidos por nove horas de contínua tempestade de neve. A neve, levada pelo vento (drifting), chegou a acumular perto de um metro em alguns locais no episódio (foto acima) A temperatura ficou perto de quase quinze graus negativos no topo das Agulhas Negras.